Foto: Juliana Krupahtz (divulgação)
Depois de ir a uma viagem para Minas Gerais, em 2015, pouco depois do desastre em Mariana, a então doutoranda em Direito Francielle Agne Benini Tybusch conversando com algumas pessoas do Estado viu o quanto a tragédia prejudicou a comunidade e como a falta de legislação em casos como este, especialmente com as pessoas que têm suas casas atingidas, afeta de forma mais impactante os cidadãos mais vulneráveis.
Foi então que a pesquisadora começou o trabalho que resultou no livro 'Vidas Deslocadas: O caso Mariana-MG como modelo brasileiro para aplicação do Direito dos Desastres' lançado no último sábado na Athena. Depois de 2 anos e 8 meses de pesquisa e de conversas com moradores da cidade, ministério público e com a Fundação Renova, criada para repara o impacto do rompimento da barragem do Fundão em Mariana, resultou o trabalho.
- A gente percebe que cada vez mais tem eventos extremos e que é necessário uma legislação pensada, especialmente, para essas pessoas para mitigação, reparação e também para ajudar na construção de suas casas - comenta Francielle.
De acordo com a publicação, os desastres como o de Mariana (entre outros registrados no país) retratam e acentuam as vulnerabilidades existentes e a falta de manutenção e de um plano de emergência que pudesse prever os impactos sociais e ambientais. O livro retrata a insuficiência de estruturas governamentais e não governamentais que, por não investirem em prevenção e fiscalização, acabam pagando muito mais caro pela reconstrução. O livro está a venda na lojas da Athena e também em livrarias da internet. Também é possível comprar no site da editora Ítala, por R$ 69,90.